Será a terceira vez que Lula assumirá a presidência da República, com posse marcada para 1º de janeiro. Antes, ele comandou o país por duas vezes: de 2003 a 2006 e, após reeleição, de 2007 a 2010.
Jair Bolsonaro, por sua vez, se torna o primeiro presidente desde a redemocratização a não conseguir a reeleição. Além de Lula, Dilma Rousseff (em 2014) e Fernando Henrique Cardoso (em 1998) conseguiram o segundo mandato, após agradar o eleitorado nos primeiros quatro anos.
Para ser eleito presidente do Brasil, Lula precisou superar a onda antipetista que varreu o país a partir de 2013 e, apesar da reeleição de Dilma Rousseff em 2014, catalisou a ascensão da extrema direita e do próprio bolsonarismo.
E o fez pela construção de uma chamada "frente ampla" na Coligação Brasil da Esperança, formada por PT, PSOL, PSB, Rede, PCdoB, PV, Solidariedade, Agir, PROS e Avante.
Essa concertação foi representada pela escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como seu vice-presidente. Alckmin foi opositor de Lula nas eleições de 2006, quando foi derrotado no segundo turno. Desde então, foi ferrenho crítico até 2021, quando se desfiliou do PSDB. Em março 2022, entrou para o PSB.
Líder nas pesquisas desde a primeira hora, o petista manifestou a intenção de debater com integrantes do sistema de Justiça formas de reduzir a litigiosidade e ampliar a oferta de meios alternativos de resolução de conflitos, além de aperfeiçoar oferta de meios alternativos de resolução de conflitos.
Para Lula, a judicialização da política é a externalização de um conflito potencializado pela ausência de diálogo do Executivo com os demais poderes e com a sociedade civil. Para mudar esse cenário, anunciou a pretensão de viabilizar estratégias e espaços de retomada do diálogo e da escuta ativa com movimentos sociais, organizações da sociedade civil e representações populares.
Lula, que iniciou, em 2003, a prática de indicar para a Procuradoria-Geral da República o mais votado em eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), apontou que deseja discutir cooperação com o Ministério Público que resgate a promoção de mecanismos voltados aos princípios e aos direitos inerentes ao Estado Democrático e Social de Direito.
Já a advocacia pública, de acordo com o petista, terá papel importante na reconstrução da rede de proteção social e da capacidade do Estado ser indutor do desenvolvimento sustentável e da redução das desigualdades
No campo da legislação penal, Lula defende uma nova política sobre drogas, focada na redução de riscos, na prevenção, tratamento e assistência ao usuário, e uma racionalização do encarceramento, diante da crise vivida pelo país há anos. E promete combater a política atual de genocídio e a perseguição à juventude negra.
descoberta do pré-sal, a enorme reserva de petróleo na costa brasileira. No segundo mandato, Lula enfrentou os efeitos da crise global de 2008 e o julgamento do caso do mensalão, pelo STF. Ainda assim, conseguiu eleger Dilma Rousseff como sua sucessora.
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